Museu Mineiro inaugura novas instalações e estreia exposição de longa-duração

Depois de expandir sua área de convivência e passar por renovação de sua infraestrutura, com investimentos em sistema de segurança, instalações elétricas e luminotécnicas, restauração de elementos artísticos, sinalização, recuperação de pisos e da pintura interna e externa, o Museu Mineiro recebe sua nova exposição de longa-duração, cujo conceito traz a História de Minas Gerais entremeada com seu acervo. Peças que jamais foram expostas ou que há muito estavam guardadas na reserva técnica serão exibidas, como oratórios médios instalados na Sala das Colunas, da bandeira de triângulo verde dos Inconfidentes e das pinturas monumentais de Di Cavacanti e Caribé, expostos na Sala Minas Gerais: original e múltipla. O processo curatorial foi coordenado pela Superintendente, Andréa de Magalhães Matos e pelo Coordenador do Museu Mineiro, Vinicius Duarte. As ações foram viabilizadas através de patrocínio da CEMIG, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

O desenho expográfico da exposição Minas das Artes, Histórias Gerais tem a seguinte composição:

  • Sala Minas Gerais: original e múltipla – traz a cronologia da história da formação da cultura mineira; objetos históricos, com destaque para a bandeira dos Inconfidentes; e pinturas monumentais, como Cena de Garimpo de Emiliano Di Cavalcanti (1957, óleo sobre tela) e Guerra dos Emboabas de Carybé (1962, óleo sobre tela).
  • Sala As Capitais – exibe pinturas referentes às três cidades que já foram capitais do Estado de Minas Gerais (Mariana, Ouro Preto e Belo Horizonte), com destaque para o Panorama de Mariana de Alberto Delpino (1931, óleo sobre tela), Procissão em Ouro Preto de Renato de Lima (década de 1970, óleo sobre tela) e Comissão Construtora da Nova Capital de Henrique Oswald (século 19, óleo sobre tela), onde se vê o engenheiro e urbanista Aarão Reis mostrando sua famosa planta da Cidade de Minas, que iria se tornar Belo Horizonte.
  • Sala Mestre Ataíde e Santeiros Populares – homenageia o grande pintor barroco, com a exibição do conjunto de seis telas de cavalete, quefaziam parte da capelinha da Fazenda de Cima, em São Domingos do Prata, de propriedade do Sr. José Marques. Em 1986, após oito anos de negociações e pesquisas, o Governo do Estado adquiriu as seis telas, por intermédio da Rede Manchete Minas, transferindo-as para o Museu Mineiro. Nessa sala será abrigada também a Coleção de Imagens de Devoção Popular recém-incorporada ao acervo do Museu Mineiro.
  • Sala das Colunas – local dedicado à exibição de peças de arte sacra, a maioria datada dos séculos 18 e 19, resultado do trabalho de artistas portugueses e brasileiros. São imagens, objetos de culto, fragmentos de altares e mobiliário provenientes de igrejas paroquiais, capelas, ermidas e residências particulares que, embora continuem sendo para alguns objetos de fé e devoção, passam a assumir o caráter de obra de arte ao serem incorporadas à exposição de longa-duração. Para desenvolvimento desse módulo, buscou-se a narrativa histórica, tendo como fio condutor a trajetória de Jesus Cristo, figura central do cristianismo.
  • Sala das Sessões - recebeu o acervo pictórico mais antigo do Museu Mineiro, com características clássicas ou acadêmicas. Entre as obras expostas destacam-se: A Má Notícia de Belmiro de Almeida (1897, óleo sobre tela); Retrato de Jovem (1886, óleo sob tela) e O Pastor egípcio (1887, óleo sob tela) de Honório Esteves; Fazenda da Borda (1921, óleo sobre tela) de Anibal Mattos; Morro do Castelo (1920, óleo sobre tela) de Genesco Murta.
  • Sala Jeanne Milde - o Museu Mineiro homenageia a grande escultora belga, naturalizada brasileira, dando seu nome à sala que abriga o acervo da instituição datado do fim dos anos 1920 em diante. Nesse espaço estão obras de influência do Art Deco, Fauvismo, Cubismo, Concretismo, Abstração Geométrica, entre outras correntes artísticas do modernismo. Há obras de Guignard, Amilcar de Castro, Érico de Paula, Fernando Pierucetti, Álvaro Apocalipse, Solange Botelho, Chanina, Teresinha Veloso, Nello Nuno, Inimá de Paula, Carlos Wolney, Marcos Coelho Benjamin, Márcio Sampaio, Mário Silésio, Celso Renato, Lótus Lobo, Ana Amélia, Maria Helena Andrés e Sara Ávila, entre outras.

As novas instalações do Museu Mineiro são motivo de comemoração pelo secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais, Angelo Oswaldo. “Ao visitar o Museu Mineiro, o espectador irá surpreender-se com a qualidade do trabalho realizado e o êxito da nova configuração do espaço e da expografia. Numa época de evidentes dificuldades, tragicamente marcada pela destruição do Museu Nacional, Minas Gerais reafirma o papel histórico de oferecer exceções e referências. Assinala-se aqui, singularmente, mais uma contribuição genuína dos mineiros e das mineiras à cultura do Brasil e à salvaguarda e fruição do nosso patrimônio”.

Para Andréa de Magalhães Matos, Superintendente de Museus e Artes Visuais, os resultados são igualmente positivos. “Esperamos que possamos contagiar com nosso contentamento todos os visitantes que nos derem a honra de sua presença”.

A Coleção de Imagens de Devoção Popular é composta de 269 obras de pequeno porte esculpidas em madeira, por santeiros anônimos de Minas Gerais durante os séculos 18 e 19. O artista plástico e colecionador José Alberto Nemer reuniu as peças ao longo de mais de cinquenta anos, desenvolvendo extenso trabalho de pesquisa e documentação. Com isso, pela primeira vez em sua história, a instituição abre espaço para a arte popular dentro de sua mostra de longa-duração.

A mostra Fé e Devoção no Sertão de Rosa será exibida na Galeria de Exposições Temporárias do Atrium do Museu Mineiro e traz uma seleção de 47 fotos de autoria de Ronaldo Alves. São registros de congadas e folias de reis da região de Cordisburgo, que confirmam o que disse João Guimarães Rosa: No sertão, até enterro simples é festa”. 

Outra entrega será o lançamento do catálogo da exposição Alphonsus de Guimaraens, poeta do luar, recentemente aberta em Mariana no museu em homenagem ao grande poeta simbolista, e do lançamento em Belo Horizonte da Edição Fac-similar do Livro de Ouro mantido por Guignard entre 1937 e 1959. O Livro de Dedicatórias para Guignard é composto por cartas, bilhetes, poemas, desenhos e outras homenagens prestadas por seus amigos, alunos e admiradores e está acompanhado de encarte com a transcrição de todo o seu conteúdo. Por fim, catálogos das últimas exposições do Centro de Arte Popular também estarão disponíveis ao público.

Informações sobre o Evento

Início do evento 15/12/2018 - 11:00
Fim do evento 15/12/2018 - 19:00
Entrada Gratuito
Local Museu Mineiro

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