MÚSICA BARROCA SUL-AMERICANA É DESTAQUE DE CONCERTO NA CASA FIAT DE CULTURA
Orquestra Minas Barroca e Coro apresenta composições do Brasil, do Peru e da Bolívia no programa Música na Capela
A música barroca foi criada na Europa, no século XVII, e difundida pelo mundo, especialmente nos países colonizados, à época, por europeus, como Brasil, Peru e Bolívia. Com o intuito de mostrar a riqueza dessa mistura, neste domingo, 21 de outubro, a Casa Fiat de Cultura recebe a Orquestra Minas Barroca e Coro, que se apresenta no programa Música na Capela. Com regência de Guilherme Matozinhos da Silva, o concerto dará destaque às composições sul-americanas e incluirá, também, músicas de origem italiana e portuguesa. Entre os compositores, grandes nomes do barroco mineiro, como Lobo de Mesquita e Manoel Dias de Oliveira. A apresentação será na Capela de Santana, localizada nos jardins da Casa Fiat de Cultura, às 11h. O concerto tem uma hora de duração e a entrada é gratuita, com espaço sujeito à lotação (80 lugares).
O concerto tem início com duas composições mineiras do século XVII, de autoria desconhecida: “Deus Deus Meus” e “Pueri Hebraeorum”. A apresentação segue com músicas de Tomás de Torrejón e Velasco (1644 – 1728), compositor nascido na Espanha e radicado no Peru. Dele, serão interpretadas “Ave Verum Corpus” e “A Este Sol Peregrino”. A música italiana integra o programa com “Confitebor tibi Domine”, de Giovanni Battista Pergolesi (1710 – 1736).
Em seguida, voltam as composições sul-americanas. A orquestra interpretará dois trechos da “Missa em Fá” do principal representante do barroco mineiro, Lobo de Mesquita (1746 – 1805); uma composição boliviana do século XVII, de autoria desconhecida, intitulada “Pastorela Ychepe Flauta”; “De mim já se não lembra”, do carioca Antônio José da Silva (1705-1739); e “Herói que busca”, de um grande compositor mineiro do período colonial, Manoel Dias de Oliveira (1738-1813). Novamente na Europa, o concerto é encerrado com a música portuguesa, também de autoria desconhecida, “Sã qui turo zente pleta”, composição sacra do século XVII.
Desde 2015, o Música na Capela busca ampliar a formação musical do público, ao oferecer apresentações de experientes corais e grupos de câmara, com repertório diversificado e acesso gratuito. O programa é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e da Casa Fiat de Cultura, com patrocínio de Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Banco Fidis, Fiat Chrysler Finanças, Fiat Chrysler Participações e Banco Safra, e com apoio de Circuito Liberdade, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), Governo de Minas e Governo Federal.
Orquestra Minas Barroca e Coro
A Orquestra Minas Barroca e Coro foi fundada em 2013, por Guilherme Matozinhos da Silva, regente e diretor musical, com o auxílio do musicólogo Domingos Sávio Lins Brandão. O grupo dedica-se a executar os registros do patrimônio histórico da produção musical do barroco mineiro e brasileiro, atuando na pesquisa e na difusão desse gênero. Seu repertório abrange, também, a música barroca internacional, desde o século XVII até o século XIX. A orquestra já realizou importantes apresentações dentro e fora do Brasil, incluindo países como Peru, Itália e Alemanha.
Guilherme Matozinhos da Silva, regente
Natural de Belo Horizonte (MG), Guilherme é licenciado com habilitação em Contrabaixo pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e desenvolveu pesquisa a partir de financiamento da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) e da própria universidade, de 2009 até 2014, sob orientação do professor Domingos Sávio Lins Brandão. Participou da publicação de resumos dos 11º, 12º, 13ª e 14º Seminários de Pesquisa e Extensão da UEMG (2009, 2010, 2011, 2012).
Em 2015, na Universidade de Rostock (Alemanha), atuou como instrumentista no projeto “Kolonialismus und Romantismus: Liturgische Musik aus Minas Gerais (Brasilien) von Lobo de Mesquita” (Colonialismo e Romantismo: Música Litúrgica de Minas Gerais – Brasil – por Lobo de Mesquita, em português”), e como palestrante no workshop “Editions of musical manuscripts from Minas Gerais and musical practice” (“Edições de manuscritos musicais de Minas Gerais e prática musical”, em português). Guilherme fundou e coordena a Orquestra Minas Barroca e Coro desde 2013.
Programa
Anônimo Deus Deus Meus
Anônimo Pueri Hebraeorum
Tomás de Torrejón e Velasco Ave Verum Corpus
Tomás de Torrejón e Velasco A Este Sol Peregrino
G.B. Pergolesi Confitebor tibi Domine
J.J.E. Lobo de Mesquita Missa em Fá | Kyrie e Glória
Anônimo Pastorela Ychepe Flauta
Antônio José da Silva De mim já se não Lembra
Manoel Dias de Oliveira Herói que busca
Anônimo Sã qui turo zente pleta
Orquestra
Rafael Marcenes, João Ribeiro, Violino I
Renato Gomes,Vanderlei José, Violino II
Fernando Nunes, Violoncelo
André Dias, Contrabaixo
Aline Azevedo, Domingos Sávio Lins, Flautas
Náthali Araujo, Cravo
Weverton Santos, Trompa
Henrique Dener Costa, Trombone e Percussão
Henrique Matozinhos da Silva, Percussão
Coro
Priscila Neves, Mayra Lopes, Juliana Calijorne, Sopranos
Silvia Neves, Contralto
Heitor Araújo, Contratenor
Giovanni Torino, Jaques Diogo, Tenores
Fillipe Lobo, Barítono
Robson de Aguiar, Baixo
Serviço
Música na Capela de Santana da Casa Fiat de Cultura
Orquestra Minas Barroca
21 de outubro de 2018, domingo, das 11h às 12h
Entrada gratuita
Espaço sujeito à lotação (80 lugares)
Casa Fiat de Cultura
Há 12 anos, a Casa Fiat de Cultura cumpre importante papel na transformação do cenário cultural mineiro, ao apresentar, em Belo Horizonte, algumas das mais relevantes e prestigiadas exposições já realizadas no Brasil. Foram mais de 40 exposições de consagrados artistas brasileiros e internacionais, além de mostras de artistas que despontam na cena contemporânea.
Sua contribuição à renovação da produção artística e à formação de público se estende por meio de uma programação diversificada de música, palestras e de um Programa Educativo que propõe conceitos e reflexões no diálogo com o público em visitas mediadas e nas práticas promovidas no Ateliê Aberto, um espaço de experimentação artística livre.
A Casa Fiat de Cultura integra um dos mais expressivos corredores culturais do país, o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte. Em sua sede no histórico edifício do Palácio dos Despachos apresenta, em caráter permanente, o simbólico painel de Portinari, Civilização Mineira, de 1959. Mais de 2 milhões de pessoas já visitaram suas exposições e 350 mil participaram de suas atividades educativas.