Com regência do maestro Fabio Mechetti, Orquestra também comemora os 150 anos de Rachmaninov
Os 200 anos de nascimento do compositor francês Lalo e os 150 de Rachmaninov serão comemorados pela Filarmônica de Minas Gerais nos concertos dos dias 15 e 16 de junho, às 20h30, na Sala Minas Gerais. De Lalo serão apresentadas duas obras, a Abertura da ópera Le Roi d’Ys e o seu lírico e vibrante Concerto para violoncelo, com a violoncelista brasileira Marina Martins. De Rachmaninov a Orquestra interpreta a poderosa e vibrante Sinfonia nº 3. A regência é do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais. O concerto da quinta-feira, dia 15, será transmitido ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube e pela rádio MEC FM 87,1 (BH).
Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Instituto Cultural Vale e Banco Inter, com patrocínio da Cemig, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.
Maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular
Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro.
Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito.
Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.
Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.
Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Na Finlândia, dirigiu a Filarmônica de Tampere; na Itália, a Orquestra Sinfônica de Roma e a Orquestra do Ateneo em Milão; na Dinamarca, a Filarmônica de Odense e na Argentina a Filarmônica do Teatro Colón.
No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.
Em 2023, estreou no Festival Casals com a Sinfônica de Porto Rico e voltará a dirigir a Orquestra Sinfônica Nacional da Colômbia, em Bogotá.
Marina Martins, violoncelo
Violoncelista brasileira, Marina Martins venceu em 2018 o concurso Jovens Solistas da Osesp e foi escolhida pelo júri para receber a Medalha Eleazar de Carvalho. Em 2019, apresentou-se como solista na Sala São Paulo com a Osesp e, em 2022, na Sala Minas Gerais com a Filarmônica. A convite do maestro Neil Thomson e Orquestra Filarmônica de Goiás, Marina fez a primeira gravação comercial do Concerto para violoncelo de Claudio Santoro, como parte do projeto Brasil em Concerto, em parceria com o Selo Naxos e o Itamaraty. Em 2021, venceu o prêmio Exilarte Preis, na Áustria. Marina já se apresentou na Inglaterra, Suíça, Itália, França, Alemanha, Áustria, Estados Unidos e Canadá. Nascida em 1999 na Nova Zelândia, venceu seu primeiro concurso aos 8 anos e estreou como solista na Inglaterra aos 16 anos. Atualmente, Marina estuda na Musik Akademie Basel, na Suíça, com o professor Danjulo Ishizaka. Foi aluna de Pieter Wispelwey na Alemanha e participou de masterclasses com protagonistas da cena musical internacional como Gary Hoffman, Antonio Meneses, Laurence Lesser e Jérôme Pernoo.
Repertório
Édouard Lalo (Lille, França, 1823 – Paris, França, 1892) e a obra Le Roi d’Ys: Abertura (1875/1888)
A ópera mais conhecida de Édouard Lalo é inspirada na lenda de Ys, uma cidade mítica da região da Bretanha que teria sido engolida pelas ondas do mar. Lalo começou a compô-la em 1875 e finalizou uma primeira versão em 1881. Porém, essa versão foi recusada por todos os teatros franceses para os quais foi oferecida, o que obrigou o compositor a se dedicar a outras peças nos anos que se seguiram. Apesar disso, o desejo de montar Le Roi d’Ys nunca o abandonou, e, em 1888, Lalo finalmente conseguiu estreá-la no Opéra-Comique, em Paris. Foi um sucesso absoluto, e também o último trabalho relevante da carreira de Lalo, que compôs apenas mais duas obras depois, vindo a falecer quatro anos após a tão aguardada estreia. Le Roi d’Ys deu a Lalo o reconhecimento com que ele sempre sonhou, e a Abertura tornou-se o seu movimento mais executado, capaz de evocar o espírito aventureiro dos melhores romances de capa e espada que tanto faziam sucesso na época.
Édouard Lalo (Lille, França, 1823 – Paris, França, 1892) e a obra Concerto para violoncelo em ré menor (1877)
Édouard Lalo nasceu em Lille, no norte da França, em uma família de origem espanhola, o que, junto aos seus anos de formação, impactou imensamente a estética que desenvolveria. O estilo de Lalo, elogiado por contemporâneos como Fauré, Chausson, Chabrier e o jovem Debussy, marca-se também por características típicas da tradição francesa: a clareza das ideias e das formas, a leveza de expressão e a nitidez do colorido orquestral. Além de uma sinfonia e de obras concertantes, Lalo compôs três belos trios com piano (um quarteto, um concerto para violino e outro para violoncelo), peças que ocupam lugar permanente no repertório dos instrumentistas de cordas. Nesse conjunto, destaca-se o Concerto para violoncelo em ré menor, de 1876. Magistralmente escrito para o instrumento solista, utilizando com propriedade seus recursos técnicos, o Concerto caracteriza-se pela riqueza dos temas melódicos, pelos ritmos vivos de inspiração ibérica e por uma orquestração transparente que nunca ofusca o solista.
Sergei Rachmaninov (Oneg, Rússia, 1873 – Beverly Hills, Estados Unidos, 1945) e a obra Sinfonia nº 3 em lá menor, op. 44 (1935/1936/revisão 1938)
A Sinfonia nº 3 em lá menor foi composta por Rachmaninov após sua primeira viagem aos Estados Unidos, em 1909. A obra foi estreada em novembro de 1936, na Filadélfia, sob a regência de Leopold Stokowski. Ela é bastante demonstrativa do estilo final de Rachmaninov, quando sua linguagem, mantendo-se sempre pessoal e anacronicamente romântica, entretanto se moderniza pela ciência dos timbres orquestrais e pelo senso admirável dos detalhes. A Sinfonia divide-se em três movimentos e utiliza uma orquestra muito grande. No entanto, o compositor priorizou a diversificação das sonoridades sobre os efeitos de massa. Desde a primeira apresentação, em 1901, com o próprio compositor ao piano, a obra obteve enorme sucesso, marcando o início de um novo e frutuoso período criativo. A partir de sua Terceira Sinfonia, Rachmaninov fez muitas e extensas turnês, temporadas na Alemanha e na Itália, consolidando a reputação de pianista inigualável, o Liszt do século que se iniciava.
Serviço:
Filarmônica de Minas Gerais
Série Allegro
15 de junho – 20h30
Sala Minas Gerais
Série Vivace
16 de junho – 20h30
Sala Minas Gerais
Fabio Mechetti, regente
Marina Martins, violoncelo
LALO Le Roy d’Ys: Abertura
LALO Concerto para violoncelo em ré menor
RACHMANINOV Sinfonia nº 3 em lá menor, op. 44
INGRESSOS:
R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Palco), R$ 90 (Balcão Lateral), R$ 120 (Plateia Central), R$ 155 (Balcão Principal) e R$ 175 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Bilheteria da Sala Minas Gerais
Horário de funcionamento
Dias sem concerto:
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h
Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:
— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado
— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo
São aceitos:
-
Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa
- Pix