Um grande concerto aberto ao público e gratuito no dia 7 de junho, às 20h30, na Sala Minas Gerais, encerra as atividades do Laboratório de Regência 2023 da Filarmônica de Minas Gerais. Sob a batuta de Fabrícia Medeiros, Felipe Oliveira, Matheus Carneiro e Wassi Carneiro, regentes escolhidos para participarem desta 14ª edição, a Filarmônica apresenta a Sinfonia nº 6, “Patética” de Tchaikovsky. A iniciativa inédita no Brasil e criada pelo maestro Fabio Mechetti em 2008 possibilita que jovens regentes tenham sob sua batuta uma orquestra profissional e aprendam, na prática, os desafios da regência com o Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica. O concerto é gratuito e terá transmissão ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube e pela rádio MEC 87,1 FM (BH). A distribuição de ingressos será feita no dia 2 de junho, a partir do meio-dia, pela internet, no site da Filarmônica, limitada a 2 ingressos por pessoa.
O Laboratório de Regência da Filarmônica de Minas Gerais é uma iniciativa pioneira no Brasil. Nas 13 edições já realizadas, 167 jovens regentes de todo o país viveram essa experiência com a Orquestra. Alguns deles participaram da iniciativa mais de uma vez. Pelo Laboratório já passaram regentes que hoje se destacam no cenário nacional e internacional, como o atual maestro associado da Filarmônica de Minas Gerais, José Soares, que participou do Laboratório de Regência em 2017, tornando-se membro da orquestra em 2020. Em 2021, José Soares venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio (Tokyo International Music Competition for Conducting) e recebeu o prêmio do público na mesma competição.
Para o maestro Fabio Mechetti, “embora estejamos já celebrando o 14º ano de laboratório de regência, e tenhamos identificado vários talentos brasileiros, a necessidade de proporcionar essa experiência única – a possibilidade de trabalharem diretamente com uma orquestra profissional do nível da Filarmônica – continua essencial. Vejo, com certo otimismo, que novos projetos sinfônicos estão sendo desenvolvidos em todo o Brasil, particularmente de cunho de formação, e sempre será necessário garantir que seus líderes, seus regentes, tenham a melhor qualificação possível, para que esse importante investimento vá além daquele momento e produza resultados palpáveis. É nesse espírito que o Laboratório vem atender esse objetivo, ao oferecer essa nova vivência a seus participantes”, ressalta Mechetti.
O Laboratório de Regência conta com ensaios e concerto com a orquestra, além de aulas técnicas ministradas pelo Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais, Fabio Mechetti. São selecionados 4 regentes com participação ativa e 15 ouvintes. Essas atividades ocorrerão entre os dias 5 e 7 de junho, na Sala Minas Gerais, sede da Filarmônica, em Belo Horizonte (MG).
Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e conta com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. Apoio: Circuito Liberdade. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.
Os projetos educacionais da Filarmônica de Minas Gerais são possíveis graças ao apoio dos 463 participantes do Programa Amigos da Filarmônica e à importante doação de patronos.
Maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular
Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro.
Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito.
Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.
Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.
Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Na Finlândia, dirigiu a Filarmônica de Tampere; na Itália, a Orquestra Sinfônica de Roma e a Orquestra do Ateneo em Milão; na Dinamarca, a Filarmônica de Odense e na Argentina a Filarmônica do Teatro Colón.
No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.
Em 2023, fará sua estreia no Festival Casals e com a Sinfônica de Porto Rico e voltará a dirigir a Orquestra Sinfônica Nacional da Colômbia, em Bogotá.
Conheça os regentes
Fabrícia Medeiros, regente
Fabrícia Medeiros, 35 anos, potiguar, é Bacharel em Clarinete pela Faculdade Mozarteum de São Paulo e em Regência Orquestral pela Emesp. Atua como clarinetista na Banda Sinfônica do Exército, Quinteto Retrato Brasileiro e Jazzmin’s Big Band. Como regente, dirigiu a Camerata Fukuda, Banda Sinfônica Infantojuvenil Guri Santa Marcelina, GR Guri Banda Sinfônica Bauru, orquestras RG Sinfônica Jundiaí e Jovem do Estado de São Paulo, na qual é maestrina assistente. Em 2022, ganhou o concurso de regência do II Curso de Direção Orquestral de La Serena, Chile.
Felipe Oliveira, regente
Felipe Oliveira, 33 anos, é natural de Indaiatuba, SP. Frequentou o curso de regência coral da Faculdade Teológica Batista de São Paulo (FTBSP), com prática na área. É Bacharel em Música pela Faculdade Cantareira, na classe de Violino de Betina Stegmann, e teve aulas com músicos da Filarmônica de Berlim e do Concertgebouw, na Holanda. Atualmente, é orientado pelo maestro Cláudio Cruz. Foi spalla da Orquestra de Câmara da USP e desde 2020 é diretor artístico e regente da Orquestra Filarmônica de Patos de Minas.
Matheus Carneiro, regente
Em sua formação, Matheus Carneiro, 24 anos, passou pelo Instituto Baccareli, Emesp e Azusa Pacific University. Atualmente, é aluno do maestro Cláudio Cruz. Esteve à frente da Orquestra Jovem do Estado de SP e Orquestra Sinfônica de Goiânia, e atuou como regente assistente na produção de West Side Story do Theatro São Pedro. É regente titular do São Caetano Brass Ensemble e principal regente convidado do projeto Música de Câmara SP. Em 2022, venceu o 1º Concurso Nacional para Jovens Regentes e Solistas Basileu França.
Wassi Carneiro, regente
Natural de Araras, SP, Wassi Carneiro, 38 anos, estudou violino no Conservatório de Tatuí e foi aluna de Paulo Bosísio. Por 25 anos atuou como violinista e, desde 2019, dedica-se à carreira de regente. Foi aluna do maestro Roberto Tibiriçá, formou-se pela Academia de Regência da Osesp e atualmente cursa Regência Orquestral na Unesp. Conduziu a Banda Sinfônica do Exército, Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí, Osesp, orquestras Jovem do Estado de São Paulo e Bachiana Filarmônica, onde foi principal regente convidada na temporada 2022.
Repertório
Piotr Ilitch Tchaikovsky (Votkinsk, Rússia, 1840 – São Petersburgo, Rússia, 1893) e a obra Sinfonia nº 6 em si menor, op. 74, "Patética" (1893)
Tchaikovsky terminou a composição de sua sexta e última sinfonia em agosto de 1893 e regeu a estreia no dia 28 de outubro do mesmo ano, em São Petersburgo. Nove dias depois, morria de causas ainda não comprovadas. A história desta obra é cercada de mistérios indecifráveis. A estreia foi um fracasso, aparentemente por se tratar de uma música muito intimista. De acordo com algumas cartas de Tchaikovsky, suas sinfonias eram como “confissões musicais”, capazes de “expressar tudo aquilo para o qual não existem palavras”, principalmente questões como Vida, Morte, Amor e Beleza. O que estaria o compositor, então, tentando nos dizer, nesta sua carta de adeus? Provavelmente, das suas desilusões amorosas e musicais, da sua impotência frente às dificuldades da vida… Possivelmente, da sua angústia com o vazio que se descortinava, um vazio causado pelo fato de que tudo que ele amava e acreditava fosse eterno, estivesse, talvez, se dissolvendo… Após a estreia da Sexta Sinfonia, Tchaikovsky escreveu a seu sobrinho Vladimir Bob Davydov, a quem é dedicada a obra: “considero esta sinfonia a melhor de todas as obras que escrevi. Em todo caso, é a mais sincera. E eu a amo como jamais amei qualquer de minhas partituras”.
14º Laboratório de Regência
Concerto de encerramento
7 de junho – 20h30
Sala Minas Gerais
Gratuito
Fabrícia Medeiros, regente
Felipe Oliveira, regente
Matheus Carneiro, regente
Wassi Carneiro, regente
TCHAIKOVSKY Sinfonia nº 6 em si menor, op. 74, “Patética”
CONCERTO GRATUITO, COM PRESENÇA DE PÚBLICO E TRANSMISSÃO AO VIVO PELO CANAL DA FILARMÔNICA NO YOUTUBE E PELA RÁDIO MEC FM 87,1 (BH).
A distribuição de ingressos será feita no dia 2 de junho, a partir do meio-dia, pela internet, no site da Filarmônica (www.filarmonica.art.br), limitada a 2 ingressos por pessoa.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Bilheteria da Sala Minas Gerais
Horário de funcionamento
Dias sem concerto:
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h
Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:
— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado
— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo