FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS RECEBE O PIANISTA BENEDETTO LUPO PARA INTERPRETAR MOZART

Em 2023, a série Fora de Série explora como os compositores contribuíram com novas interpretações de obras de outros artistas.

No dia 6 de maio, às 18h, na Sala Minas Gerais, a Filarmônica de Minas Gerais mostra ao público como Mozart influenciou gerações. A suite “Mozartiana” de Tchaikovsky apresenta a visão do Romantismo. No espírito temático deste ano, o aclamado pianista italiano Benedetto Lupo retorna a Belo Horizonte para interpretar um dos primeiros concertos escritos pelo gênio de Salzburgo, o Concerto para piano nº 3, em que ele utiliza obras de outros compositores da época. Na contemporaneidade de Schnittke, uma brincadeira musical mistura a linguagem de Mozart com o “efeito dramático” de Haydn. Nesta peça, teremos solos de dois violinistas da Filarmônica, Gabriel Almeida e Joanna Bello. A regência é do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica. Este é um concerto da série “Fora de Série”, que, em 2023, com o tema Segundas Opiniões, explora como compositores contribuíram com novas interpretações de obras de outros artistas. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais. O concerto terá transmissão ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube e pela rádio MEC 87,1 FM.

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais e Grupo Aterpa e conta o patrocínio da ArcelorMittal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

 

Maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente titular

Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro.

Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito.

Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Na Finlândia, dirigiu a Filarmônica de Tampere; na Itália, a Orquestra Sinfônica de Roma e a Orquestra do Ateneo em Milão; na Dinamarca, a Filarmônica de Odense e na Argentina a Filarmônica do Teatro Colón.

No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.

Em 2023, fará sua estreia no Festival Casals e com a Sinfônica de Porto Rico e voltará a dirigir a Orquestra Sinfônica Nacional da Colômbia, em Bogotá.

 

Benedetto Lupo, piano

O reconhecimento internacional do pianista italiano Benedetto Lupo consolidou-se após a conquista da medalha de bronze no Concurso Internacional de Piano Van Cliburn, em 1989. Ao longo de sua carreira, venceu outros inúmeros concursos e prêmios, além de ter realizado concertos e recitais nos principais teatros e salas do mundo. Como solista, já se apresentou com várias orquestras nas Américas do Norte e do Sul e na Europa. Também trabalhou com maestros reconhecidos, a exemplo de Stanislaw Skrowaczewski, Umberto Benedetti Michelangeli, Michel Plasson, Alain Lombard, Peter Maag, Kent Nagano, Daniele Callegari, Aldo Ceccato, Vladimir Jurowski e Michael Stern. De sua discografia, fazem parte registros para os selos Teldec, BMG e ARTS, com destaque para a gravação da obra completa de Schumann para piano e para o registro do Concerto Soirée de Nino Rota, que foi seu mentor nos anos de formação no Conservatório Piccinni, em Bari (Itália).

 

Gabriel Almeida, violino

Gabriel iniciou seus estudos de violino na igreja, aos sete anos de idade. Aos dez, ingressou na Orquestra do Instituto GPA, realizando turnês fora do país e tocando em grandes palcos, como o Carnegie Hall, em Nova York, Crown Center, em Pensacola, Flórida, e o Teatro Colón, em Buenos Aires. Atuou também como solista com o Concerto para quatro violinos de Vivaldi, no Theatro Municipal de São Paulo. Participou de festivais como o Iguazu en Concierto, Summer Camp, no Pensacola Christian College, quando atuou como spalla da orquestra do festival, e o 51º Festival de Inverno de Campos do Jordão. Gabriel foi vencedor do Concurso Jovens Solistas da Sinfônica de Minas Gerais com o concerto de Brahms. Integrou a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, com a qual realizou gravações de sinfonias de Mahler e de Santoro. Durante esse período, foi aluno da violinista Maria Fernanda Krug. Estudou na Academia de Música da Osesp sob orientação de Emmanuele Baldini, colaborando com regentes e solistas como Marin Alsop, Arvo Volmer e Isabelle Faust. Ingressou na Filarmônica de Minas Gerais em 2022.

 

Joanna Bello, violino

Nascida em Caracas, Venezuela, Joanna começou seus estudos de violino aos sete anos no El Sistema, com o professor Iosif Czengery. Cursou o Bacharelado em Música com Andrés Cárdenes na Universidade de Carnegie Mellon (EUA). No mesmo país, obteve mestrados em Performance e em Música de Câmara, na Universidade de Michigan, com Stephen Shipps. Recebeu o primeiro prêmio nos concursos Interlochen Intermediate Concerto Competition (EUA) e Juan Bautista Plaza (Venezuela). Entre festivais, participou do National Repertory Orchestra, Fontainebleau, Festival de Campos do Jordão e Festival Schleswig-Holstein, onde tocou por três anos e realizou turnês pela Europa e pelo Japão. Apresentou-se sob a batuta de maestros como Christoph Eschenbach, Kent Nagano, Semyon Bychkov, Christoph von Dohnany, Jaap van Zweden entre outros. Entre seus professores destacam-se Emil Friedman, Luis Miguel González, Yuval Yaron, Lenuta Ciulei e Gérard Poulet. No Brasil, foi spalla da Camerata Antiqua (Curitiba) e integra o Quarteto Guignard. Joanna ingressou na Filarmônica em 2015.

 

Repertório

 

Alfred Schnittke (Engels, Rússia, 1934 – Hamburgo, Alemanha, 1998) e a obra Moz-Art à la Haydn (1977)

Alfred Schnittke era um experimentador nato, com um talento particular para absorver e combinar sonoridades e técnicas de diferentes períodos históricos, navegando da Idade Média até a vanguarda do século XX com uma fluência pouco comum até mesmo a seus contemporâneos. “Poliestilismo” é o nome que ele deu à sua própria linguagem musical, indicando a natureza eclética e aventureira de suas criações. Escrita em 1977, Moz-Art à la Haydn promove uma justaposição lúdica entre uma suíte não finalizada de Mozart (Música para uma pantomima, K. 446) e a Sinfonia “Do Adeus”, de Haydn. A execução da obra tem uma proposta bastante teatral: a orquestra inicia a apresentação improvisando sobre a peça de Mozart na mais completa escuridão. Quando as luzes do palco se acendem, ela está dividida em dois grupos, e os violinistas à frente de cada um começam uma espécie de duelo. No final, tal como na sinfonia de Haydn, os músicos se retiram um a um do palco, até sobrarem apenas o maestro e um trio de violoncelos e contrabaixo.

 

Wolfgang Amadeus Mozart (Salzburgo, Áustria, 1756 – Viena, Áustria, 1791) e a obra Concerto para piano nº 3 em Ré maior, K. 40 (1767)

Os quatro primeiros concertos para piano de Mozart são conhecidos como Concertos Pasticcio, pois trata-se de obras construídas com base em trabalhos de outros compositores. Todos eles datam de 1767, quando o jovem gênio tinha apenas 11 anos, e funcionam como "exercícios" em composição, provavelmente estimulados por seu pai, Leopold, como parte da instrução musical do filho. Mas, embora o material não seja totalmente de Mozart, os concertos demonstram, mesmo nessa fase inicial, uma compreensão segura das funções contrastantes de diferentes temas, passagens moduladoras, fechamento cadencial, tipos de textura e, principalmente, o poder do diálogo na criação de uma narrativa musical. O Concerto para piano nº 3 possui três movimentos, cada um deles inspirado em uma peça para piano solo de compositores proeminentes no período: Leontzi Honauer, Johann Gottfried Eckard e Carl Philipp Emanuel Bach. O garoto Mozart acrescentou arranjos orquestrais originais aos trechos escolhidos, além de alterar levemente as marcações de tempo indicadas pelos autores.

 

Piotr Ilitch Tchaikovsky (Votkinsk, Rússia, 1840 – São Petersburgo, Rússia, 1893) e a obra Suíte nº 4 em Sol maior, op. 61, “Mozartiana” (1887)

Tchaikovsky nunca escondeu sua grande admiração por Mozart, despertada logo na infância, quando estudava as obras do gênio de Salzburg em um pequeno órgão mecânico comprado por seu pai. "A beleza da melodia de Mozart é um mistério", dizia. Em 1887, na ocasião do aniversário de cem anos da estreia de Don Giovanni, Tchaikovsky compôs a sua quarta e última suíte orquestral como um tributo a seu ídolo, a partir de quatro peças para piano que escolheu por ainda serem pouco conhecidas na época. O primeiro movimento é inspirado na Giga em Sol maior, um fugato de curta duração e ritmo constante, com respiração a cada três notas. O segundo trata-se de um arranjo para o Minueto em Ré maior de 1787. Para o terceiro movimento, foi escolhida a transcrição para piano que Liszt fez para Ave verum corpus, obra escrita por Mozart em seu último ano de vida. Baseado nas Variações sobre um tema de Gluck, o quarto movimento é o mais longo e inspirado da suíte, no qual Tchaikovsky retrabalha as dez variações originais à sua maneira, demonstrando todo o colorido orquestral diverso e delicado que lhe é característico.

 

Serviço:

Filarmônica de Minas Gerais

Fora de Série

Segundas Opiniões – A admiração por Mozart

6 de maio – 18h

Sala Minas Gerais

Concerto presencial com transmissão ao vivo

 

Fabio Mechetti, regente

Benedetto Lupo, piano

Gabriel Almeida, violino

Joanna Bello, violino

 

SCHNITTKE              Moz-Art à la Haydn

MOZART                   Concerto para piano nº 3 em Ré maior, K. 40

TCHAIKOVSKY         Suíte nº 4 em Sol maior, op. 61, “Mozartiana”

                             

                        

INGRESSOS:

R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Palco), R$ 90 (Balcão Lateral), R$ 120 (Plateia Central), R$ 155 (Balcão Principal) e R$ 175 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h 

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:

— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana 

— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado 

— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

 

São aceitos:

  • Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa
  • Pix

 

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