Prêmio Diogo de Vasconcelos consagra trabalho de pesquisa sobre a história de Minas

“Tapanhuacanga em ruínas: história do Palácio Velho de Ouro Preto (c.1660-1825)” é eleito entre 51 inscritos

 

O Prêmio Diogo de Vasconcelos foi criado em 1977, com a participação de importantes pesquisadores ao longo da sua realização. No ano passado, o BDMG Cultural relançou esta premiação que consagra trabalhos de pesquisa sobre a história de Minas Gerais.

O edital público de concorrência recebeu 51 inscrições, de 19 de novembro de 2018 a 19 de fevereiro de 2019. Os concorrentes, obrigatoriamente mineiros ou residentes no estado há mais de dois anos, enviaram os seus textos inéditos. Entre eles, textos apresentados em programas de pós-graduação, do país ou do exterior, produzidos entre janeiro de 2013 e outubro de 2018.

A comissão julgadora foi composta pelos professores e doutores Caio César Boschi, vencedor do Prêmio nos anos oitenta; Célio Campolina Diniz e Eliana de Freitas Dutra, ambos de carreira consagrada no campo da pesquisa histórica. “Para além da expressiva quantidade de concorrentes, registra-se também a alta qualidade investigativa e analítica da maior parte dos trabalhos apresentados. Esta constatação, quando nada, evidencia claramente o nível superior adquirido pela historiografia sobre os temas-objetos às Minas Gerais”, afirmou o júri no parecer de avaliação.

O vencedor desta edição do Prêmio Diogo de Vasconcelos foi Tarcísio de Souza Gaspar. Com o pseudônimo Chico Rei, o autor natural de Monte Santo de Minas, apresentou “Tapanhuacanga em ruínas: história do Palácio Velho de Ouro Preto (c.1660-1825)”.

O trabalho é resultado da tese de doutorado do professor de história do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais desde 2010, defendida em abril de 2016 junto ao programa de pós-graduação em história social da Universidade de São Paulo (USP).

Sob orientação da professora Laura de Mello e Souza, a tese investigou a história do Palácio Velho de Ouro Preto, primeira residência de governadores instalada na antiga Vila Rica, sede política da capitania de Minas Gerais a partir de 1721. A pesquisa esmiuçou os interesses envolvidos na exploração da rica lavra de ouro existente no Palácio. Relacionados, sobretudo, à irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos do Alto do Padre Faria (ou Alto da Cruz), na freguesia de Antônio Dias.

Conforme edital de público de concorrência, a comissão julgadora e o BDMG Cultural tornam público o parecer de avaliação que consagrou Tarcísio de Souza com a premiação de R$10 mil.

“Antes de mais nada, a Comissão louva a iniciativa do BDMG Cultural de reativar a atribuição do Prêmio Diogo de Vasconcelos, cuja importância, se não houvesse outras justificativas, estaria configurada pelo elevado número de concorrentes. 51 inscrições aprovadas!

Para além da expressiva quantidade de concorrentes, registra-se também a alta qualidade investigativa e analítica da maior parte dos trabalhos apresentações. Esta constatação, quando nada, evidencia claramente o nível superior adquirido pela historiografia sobre os temas-objetos às Minas Gerais.

Para leitura e julgamento dos trabalhos, A Comissão pautou-se por variados critérios, previamente estabelecidos de comum acordo entre seus integrantes. Em primeiro lugar, buscou-se apurar a originalidade do texto, seja pela escolha da temática, seja pela forma de abordagem. Examinar a relevância do trabalho, tanto do ponto de vista social, quanto e principalmente da qualidade historiográfica foi um segundo parâmetro. O terceiro foi a percepção da densidade do texto, no que tange ao processo investigativo e no que respeita à análise teórico-conceitual anunciada e desenvolvida. Considerou-se, ademais, a consistência argumentativa e a amplitude da pesquisa realizada, sobretudo no respeitante à abrangência e diversidade das fontes documentais consultadas e utilizadas. Nesse sentido, outro fator considerado foi a condição e a qualidade de diálogo que os (as) autores mantiveram coma bibliografia de sua eleição. Relativamente aos aspectos formais, foram observadas a organização lógica das partes, a maneira da apresentação e desenvolvimento das ideias, a qualidade redacional e a aplicação das normas técnicas de referenciação das fontes.

Tudo isso considerado, a Comissão Julgadora house por bem, à unanimidade, considerar como vencedor do Prêmio Diogo de Vasconcelos – 2018 o trabalho inscrito sob o pseudônimo de ‘Chico Rei’, autor do texto intitulado ‘Tapanhuacanga em ruínas: história do Palácio Velho de Ouro Preto (c.1660-1825)”.

Caio César Boschi, Clélio Campolina Diniz e Eliana Regina de Freitas Dutra.

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