O jovem artista mineiro trabalha com a consciência estética como instrumento emancipador da escola como residência artística
No dia 30 de maio, às 19h, o artista Alisson Damasceno realiza performance e bate-papo sobre a exposição “DizOrdem”, na Galeria de Arte BDMG Cultural. Na ocasião, também será lançado um catálogo da mostra, em que o artista se apropria de várias linguagens artísticas e intervenções apresentando um panorama do universo da educação.
Nascida de experiências vivenciadas na rede pública de ensino de Belo Horizonte, onde Alisson atuou como bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), a mostra é parte de uma pesquisa relacionada às questões sobre o papel do professor de arte enquanto artista, professor e pesquisador. Por esse motivo, na exposição é possível ver instalações e esculturas produzidas com restos de mobiliário escolar.
Na performance do dia 30 de maio, Alisson chama a atenção para a necessidade do corpo estar em movimento dentro da escola. “É o saber da experiência, do fazer. Isso precisa ser discutido e ter mais atenção. A performance toca nesse lugar da presença, do nosso corpo, esse corpo que fala”, explica o artista.
Habilitado em pintura pela Escola Guignard, Alisson Damasceno traz ao público questionamentos sobre a consciência estética em um manifesto disponibilizado para os visitantes da exposição. Nele, o artista reflete sobre os processos criativos dentro da escola, concebidos por meio do seu potencial transformador e apresentando-se como possibilidade de serem prolongados por experiências participativas. É a arte gerando conhecimento.
De acordo com o artista, DizOrdem sugere que onde há ordem excessiva, não há espaço para singularidades. Ao mesmo tempo, alguma noção ordenada é necessária para que processos cognitivos sejam possíveis. “Apresento o ambiente escolar ordenado e desordenado, ultrapassado e em constante renovação, esquecido, mas sempre em foco de discussões como a peça central deste jogo provocativo”, afirma.
